Voltando ao início, o cristão médio é justamente esse que tem incumbências profissionais, desafios em sua própria casa, relacionamentos de amizade, um casamento, filhos, pais, etc., e que está envolvido 24 horas por dia, 7 dias por semana com essas atividades. Ao mesmo tempo é um cristão que, enxergando além das necessidades mais próximas, também atua em uma comunidade organizada, se responsabiliza por certos "serviços" em sua igreja. Ou seja, o cristão médio é aquele que compõe a imensa maioria das nossas igrejas mas, ao mesmo tempo, se diferencia da massa por ser comprometido e enxergar a mesma coisa, tanto na igreja quanto na sua rotina "secular", a saber: as pessoas no meio das quais Deus o colocou e às quais deve servir, como se fosse ao próprio Deus.
Não é uma compreensão que seja senso comum no meio das igrejas; pelo contrário, a prática mais presente entre os evangélicos (e completamente antibíblica) - por mais que muitos não a verbalizem - é a de que a vida cristã se resume às atividades realizadas na igreja, ou no domingo, ou no fim de semana e nas reuniões de oração de quarta-feira, etc. Para esse crente, as atividades profissionais, ou a forma como ele conduz sua vida afetiva ou familiar é assunto privado, ninguém deve se meter. Seja porque o mercado é muito voraz e não comporta os princípios de amor ao próximo e justiça tão radicais pregados na Bíblia, ou porque ninguém deve por o dedo em brigas (e decisões) de marido e mulher.
Justificativas são muitas, mas pensar a vida do cristão, suas prioridades e seus princípios só é válido se enxergarmos a vida do cristão como um todo, em que Deus vai tocar de segunda a segunda, em cada ambiente, cada decisão, cada aspecto. Deus não quer 10% do meu salário e não quer 1/7 do meu tempo, Deus quer 100% e não aceitará menos do que isso!!
Daqui a pouco tem mais... Abraços.

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