Hoje foi um daqueles dias em que minha mente viaja, meio triste e macambúzia (palavra que diz mto - aprendi com o Carlinhos Veiga). Era pra ser um ótimo dia, sábado, solão, passeio pela ilha... mas o dia todo minha mente me levou pra outro canto, outras paragens. Dormi, acordei, cochilei... nem posso dizer que articulei uma linha de pensamento. Era apenas uma sensação, ansiedade, um buraco.
Não acredito que haja um motivo específico, algo que eu possa nomear (ou culpar). Há certo cansaço físico, algumas expectativas, algumas contrariedades. Mas tem certos momentos em que é só um buraquinho, coisa pequena, inexplicável, que dá até vergonha expressar, que leva o corpo e a mente a se recolherem, se encolherem, só pra si.
E no fim do dia, outra notícia de morte, um garoto de 15 ou 16 anos, afogado numa praia. Amigo de amigos meus, eu nem o conhecia. Mas a proximidade da morte, inexorável, repentina, dura. Pela segunda vez nessa semana. Vem a lembrança dos que já se foram, salvos como ele (ou não, como ela). Nossa esperança não é desse mundo, mas há muitos para quem é (e nessas horas, mais do que nunca, são os mais infelizes dos homens). E mesmo para nós, o consolo só provém também de fora desse mundo, de fora da prisão da nossas emoções.
Dia estranho para mim, duro para tantos, inesquecível para pais, irmãos, amigos... Não há dúvida, dia que Senhor fez para a Sua Glória. Talvez somente Ele saiba ccomo... Apenas entendo que, quando eu for promovido, amanhã ou em qualquer outro dia (quem sabe também em um sábado ensolarado), conhecerei o Jean no céu, e faremos um dueto no baixo, acompanhados por tantos outros...

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