quarta-feira, outubro 01, 2008

Eleições - Parte 1

Bem, minha nova empreitada nas próximas semanas será discorrer um pouco sobre o processo eleitoral que se abate sobre o país no próximo domingo. Pode parecer que estou atrasado, mas não concordo. Passei as últimas semanas lendo e ouvindo muita coisa, e a minha discussão mental não se restringe ao primeiro turno das eleições municipais e nem mesmo à exclusividade do pleito no Brasil.

No próximo domingo, dia 5 de outubro, o processo eleitoral atinge o seu primeiro clímax no Brasil. Em Florianópolis, onde moro, já sabemos que haverá o segundo clímax, algumas semanas depois. E em muitas outras cidades a situação será a mesma. Além disso, o país mais rico do mundo também está passando pelo processo. Nos Estados Unidos, a eleição está marcada para o dia 5 de novembro, mas já começou em Ohio (loucuras de um sistema eleitoral bem confuso!).

Quanto à minha descrição inicial deste processo ("que se abate"), é isso mesmo que eu quis dizer. Não quero soar reacionário, amigo da ditadura, e nem socialista ou alguma bizarrice história do gênero. Mas não posso me abster da percepção de que o processo eleitoral brasileiro é ufanista mas não é democrático. Não em todas as suas conseqüências.

Um fator interessantíssimo (só pros teóricos do sistema!) é o nosso método representativo, em que você vota em um candidato e elege outro (ou outros!). Cada vez que voto em alguém para o Poder Legislativo (e isso ocorre em todas as eleições, infelizmente) a minha raiva é saber que o meu voto não é o que todos dizem! Eu, individualmente, não estou cooperando para definir a linha de raciocínio dos legisladores nos próximos 4 anos. Apenas dou a minha contribuição para a distribuição de cargos entre partidos tão iguais que passam a não fazer diferença. E, se isso é incompreensível para mim, imaginem para aqueles que não lêem e não compreendem o mundo a sua volta. Eles não vêem nenhum motivo para não vender seu voto ou não votar em qualquer mané com nome bonito e dinheiro no bolso. Na realidade, nem eu enxergo esses motivos, na maior parte do tempo!

Nos próximos posts quero enfatizar algo mais sobre o processo atual e suas discrepâncias, nacionalmente e principalmente aki na Grande Florianópolis, uma mistura sulista do caudilhismo portenho, coronelismo nordestino e uma esquerda fraquíssima, além dos aventureiros de sempre. Com a diferença que é uma região altamente promissora, com desafios pungentes para não perder o bonde.

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